sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

RANS - Fava D'anta

A Fava D´anta, como é mais conhecida na região sul do Ceará, planta típica do serrado brasileiro, é muito comum na Chapada do Araripe, entre os estados do Ceará e Pernambuco. Até poucos anos, sua madeira era utilizada apenas em cercas, pequenas construções ou como lenha. Há 10 anos, técnicos e pesquisadores descobriram que a bagem é rica em rutina, também conhecida como vitamina d, medicamento cobiçado pela indústria farmacêutica, usado no tratamento de doenças circulatórias e na queda de cabelo. A fruta, antes utilizada somente para alimentar o animal, é, hoje, responsável pelos principais produtos da atividade extrativista da chapada do Araripe. A Fundação Mussambê, através das Redes Associativas de Negócios Solidários - RANS-Fava D'anta, tem contribuído de forma significativa para a melhoria da renda e da qualidade de vida das pessoas que participam deste projeto. Ligada à preservação do meio ambiente, a fundação orientou as famílias de coletadores para o melhoramento dos terreiros de secagem, inseriu novas ferramentas que facilitaram o trabalho dos coletadores e não prejudicam a natureza e os conscientizou sobre a importância da faveira (outra denominação da fava d'anta). Esse trabalho, além de beneficiar o coletador individualmente, também os ajudou de uma forma coletiva, porque parte do dinheiro da comercialização da fava é destinada a projetos sociais, em que a própria comunidade define as ações a serem realizadas.

Sítio Fundão - Crato/CE

O Sítio Fundão localiza-se a 3km do Crato. Seu antigo proprietário, Jeferson da Franca Alencar, falecido em 1986, nunca permitiu a derrubada de árvores ou a caça de animais e pássaros naquele local. Isso proporcionou a correta preservação da flora e fauna na localidade.O Sítio possui ainda um raro acervo histórico, o qual está na iminência de se acabar. A água da Barragem, que servia de balneário, está diminuindo, a floresta vem sendo ameaçada e servindo de refúgio para marginais. Diante de tal fato, foi formado um grupo de trabalho para viabilizar o Projeto da Unidade Ambiental do Sítio Fundão, coordenado pelo professor Francisco Cunha, representante da URCA, e pelos integrantes Camilo Santana (IBAMA), Nivaldo Soares (Secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Crato), João Josa de Melo(SEMACE), Cecília Esmeraldo (Fundação Mussambê), Maria José Alencar e Espedito Edilcio da Costa(representantes do espólio de Jeferson da Franca Alencar), visando proteger por lei os elementos naturais de importância ecológica ou ambiental. Clique aqui e assista...

Agroindústria de Babaçu - Sítio Correntinho - Barbalha/CE

A instalação da Agroindústria de babaçu no Sítio Correntinho, em Barbalha-CE, ajuda os produtores a complementar a renda e os conscientiza a preservar a natureza. Com as inovações tecnológicas implantadas pelo engenheiro químico da Fundação Mussambê, Gilberto Batista Barros, houve o aumento da produtividade e a valorização do preço do óleo do coco babaçu na referida localidade, com o processamento de 100 litros de óleo por dia, significando um aumento de 200% da extração tradicional. A tecnologia da agroindústria do coco babaçu atraiu coletadores de outras comunidades que passaram a levar as amêndoas para o Sítio Correntinho, objetivando uma maior lucratividade na extração do óleo e um aproveitamento total do coco. Além da fabricação de óleo, muitas famílias estão sendo beneficiadas com a renda adquirida a partir da produção artesanal de objetos e acessórios tais como: brincos, bolsas, gargantilhas, etc. Clique e assista esta reportagem...

Prêmio Fundação Banco do Brasil

A Fundação Mussambê foi contemplada com o "Prêmio Fundação Banco do Brasil", pela criação de Agroindústria de Extração de Óleos Vegetais, gerando renda e novas relações de trabalho em ambientes saudáveis. A partir da necessidade de modernização da cadeia de extração de óleo do coco babaçu, a qual era feita de forma bastante rudimentar, a Fundação apostou na criação de agroindústria, reduzindo o número de acidentes e aumentando a produtividade, sem encarecer o produto final. As máquinas desenvolvidas pela Fundação (extrator de óleos vegetais e uma máquina de corte) são de fácil manuseio, têm um baixo custo de manutenção e peças móveis, que trabalham em baixa velocidade, permitindo um alto rendimento de extração de óleo. Além dos aspectos positivos já mencionados, houve, ainda, um processo de conscientização ecológica, na medida que os produtores perceberam que a palmeira poderia favorecê-los economicamente, além de ser uma tecnologia sustentável do ponto de vista ecológico. Clique e assista...

Tecnologia Social - Agroindústria do Babaçu

Apesar de todos os benefícios que o uso do coco babaçu traz para a natureza, para a indústria e para a população, seja com funções medicinais ou como uma forma de complementação da renda familiar, o momento do processo de quebra consistia num grande problema para os trabalhadores, pois essa atividade era realizada com o uso de pedras e marretas, instrumentos esses que favoreciam a exaustão e uma obtenção final do produto em questão, num período bastante demorado. No entanto, na região do Cariri, um químico da Fundação Mussambê deu uma contribuição muito significativa para tal problema. O mesmo criou a prensa hidráulica para realizar o serviço, capaz de extrair uma quantidade de óleo que varia de 50 a 60 litros por dia. Esta inovação tecnológica favoreceu melhores condições de trabalho e a quantidade de cocos que um trabalhador conseguia quebrar por dia, 1.000 cocos, deu um salto quantitativo para 8.000 cocos, resultando num aumento considerável na produtividade e seu maior aproveitamento. Além da prensa hidráulica, foi criada a despeliculadora de coco babaçu, que extrai o epicarpo e o mesocarpo, permanecendo apenas o endocarpo e as amêndoas dentro do coco. É só clicar e assistir...

Aproveitamento Total do Coco Babaçu

O conjunto de equipamentos para aproveitamento integral do babaçu é resultado de um projeto apoiado pelo Núcleo de Tecnologia Social da FUNDAÇÃO MUSSAMBÊ. Tratam-se de equipamentos de elevado rendimento produtivo, baixo custo de manutenção e simplicidade de operação. As etapas do processo produtivo são as seguintes: Retirada da casca: Consiste em retirar a casca para obtenção de carvão de elevado poder calorífero (8.000 kcal) e, também, de amido (aproximadamente 20% em relação ao peso da amêndoa), através de máquina despeliculadeira. Extração da amêndoa: É realizada através de um corte no perímetro radial, através de uma máquina de corte, com capacidade de corte de 30.000 unidades/dia. Torrefação: Para esta etapa, utiliza-se um tacho torrador de aço carbono ou inoxidável. Pode ser aquecido por lenha, maçarico ou a própria casca do babaçu. Tem por finalidade molificar a amêndoa para permitir a liberação de óleo com mais facilidade. Trituração da amêndoa: É feita através de um moinho a martelo para se atingir a granulometria ideal para a extração do óleo. Aquecimento da amêndoa triturada: É feita através de um tacho de duplo fundo que chamamos banho-maria. Serve para manter a amêndoa aquecida e, consequentemente, favorecer a liberação do óleo. Prensagem: A prensagem é realizada em uma prensa hidráulica manual, contendo dois extratores de óleo. O sistema é pressurizado por um macaco hidráulico de 50 toneladas, onde a matéria-prima é prensada para obtenção de óleo e torta, obtendo 50% de rendimento. Capacidade produtiva: 150 litros/dia de óleo. Clique e asista ao vídeo...

Projeto Barraginhas: Convivendo Bem com o Semi-árido Cearense

O Projeto Barraginhas: Convivendo Bem com o Semi-árido Cearense, abrange as áreas de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Geração de Renda e objetiva-se a disseminar Barraginhas em municípios do semi-árido, situados ao sul do Ceará, na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento local sustentável na área rural. Sua principal meta é a construção de 500 barraginhas, nos municípios cearenses de Crato, Juazeiro do Norte, Jati, Jardim e Várzea Alegre, beneficiando mais diretamente 300 famílias, o equivalente a 1.500 pessoas.Clique aqui e assista na integra...

Projeto Redes Associativas de Negócios Solidários da Fava D'anta - RANS

As RANS da Fava D'anta são uma forma de organização de grupos de produtores/coletadores que realizam atividades extrativistas, atendendo aos seguintes princípios: cooperativismo solidário, participação, organização, respeito, espírito empreendedor, responsabilidade, formação e preservação do meio ambiente. As RANS têm como objetivos: Desenvolver o agroextrativismo da fava d’anta, através da implantação de Redes Associativas de Negócios Solidários, gerando mais ocupação e renda aos fornecedores primários da Fava D’anta e viabilizando negócios ambientalmente sustentáveis. Apresentam como principais vantagens: balizamento de preço, retorno financeiro proporcional ao volume de fava coletado, negociação da mercadoria a vista, logística de transporte, condições adequadas de coleta, assistência técnica, capacitação, comercialização direta com a empresa compradora, opção da venda da fava d’anta seca ou verde, armazenagem em local próprio, aumento da capacidade de oferta e sua qualidade, redução de gastos comuns e geração de mais emprego local. Clique aqui e assista ao vídeo.

TÉCNICOS DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/CFDD VISITAM PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA FUNDAÇÃO MUSSAMBÊ

A Fundação recebeu, no dia primeiro de outubro, a visita de técnicos do Ministério da Justiça – CFDD, Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos - CFDD. Sob a coordenação do Dr. Nelson Campos (Secretário Executivo/CFDD), que vieram conferir os resultados das atividades, no âmbito do Projeto Revitalização Florestal Solidária. Os técnicos visitaram as áreas de plantio das mudas na FLONA Araripe, além de conhecer algumas das comunidades que foram beneficiadas pelas oficinas de implantação de Rede Associativas de Negócios Solidários-RANS e Educação Ambiental.







FUNDAÇÃO MUSSAMBÊ CONSIDERADA DE UTILIDADE PÚBLICA ESTADUAL PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ

A Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, através do Projeto de Lei Nº 155/08, decreta de Utilidade Pública Estadual a Fundação Mussambê. O Projeto foi representado pelo Deputado Nelson Martins (Líder do Governo). Na sua justificativa o Sr. Deputado ressaltou que a Fundação Mussambê vem, desde o ano de 2004, atuando nas áreas de formação, pesquisa, meio ambiente, extrativismo, educação, cultura e tecnologia social sustentável.

FUNDAÇÃO MUSSAMBÊ PARTICIPA DO I SEMINÁRIO DE CRÉDITO AGROECOLÓGICO EM OURICURI – PE

A Fundação Mussambê, representada por Erisvaldo Figueredo, participou do I Seminário de Crédito Agroecológico, realizado na cidade de Ouricuri – PE, no dia 22 de outubro. O Sr. José Artur, produtor de agrofloresta, também participou do evento, atendendo convite da Fundação Mussambê.

O Seminário teve como objetivos maiores discutir sobre o Crédito Agroflorestal, na perspectiva da criação de normas técnicas pelas entidades que trabalham com esta linha de crédito, no sentido de agilizar as análises e aprovações dos projetos pelo agente financiador (BNB); inclusão do direito da mulher ao crédito; viabilidade da assistência técnica específica (rede DATER) e da criação de um grupo de trabalho (GT) para discussão permanente do assunto.

Foram realizadas quatro oficinas de crédito agroflorestal para produtores do Araripe Pernambucano. Fizeram-se presentes representações das seguintes entidades: BNB, ECOSOL, Projeto Dom Helder, IPA.

Na ocasião, Erisvaldo proferiu palestra sobre o Projeto Agrofloresta, em desenvolvimento no Assentamento da Serra da Geladeira (PRONAF AGROFLORESTA). A palestra foi enriquecida com depoimentos do Sr. José Raimundo de Matos (Zé Artur), que há mais de oito anos pratica experiências agroflorestais, no município de Nova Olinda/CE.



José Arthur e Erisvaldo Figueredo


Erisvaldo Figueredo






SECRETÁRIO DE ESTADO DA AGRICULTURA DO MARANHÃO REALIZA AUDIÊNCIA COM A FUNDAÇÃO MUSSAMBÊ

Os representantes da Fundação Mussambê: Daniel Walker, Heverton Brandão e Maria Matias foram recebidos, em audiência, pelo Secretário de Estado da Agricultura do Maranhão, o Sr. Domingos Albuquerque Paz, no dia 16 de outubro, em São Luís.

A audiência teve como objetivo maior apresentar a tecnologia de aproveitamento total do coco babaçu e discutir acerca da sua importância como política pública estadual.

O Sr. Secretário manifestou interesse na adoção da tecnologia para todos os municípios maranhenses onde há a incidência de babaçu. Assim se manifestou durante a reunião: “Eu quero tornar o babaçu um pilar da nossa economia”. Como desdobramento da audiência, serão realizadas visitas de prospecção, no período de 11 a 14 de novembro, em municípios localizados na baixada maranhense. O Sr. Secretário acompanhará a comitiva de técnicos da Fundação Mussambê durante todo o percurso junto às comunidades que serão visitadas.

Sr. Domingos Albuquerque – Sec. de Estado da Agric. do MA e

Sr. Daniel Walker Júnior – Fundação Mussambê